Resenhas

Selmma canta sua geração

Sabe aquele tipo de disco que exala sensibilidade e tem um frescor de orvalho que a gente quase não encontra mais? É assim O que será que está moda?, da mineira Selmma Carvalho.

Também pianista e artista plástica com formação superior, professora de técnica vocal na UFMG, ela alimenta sua carreira de cantora desde 1990, ano do primeiro show.

Em 1996, veio o disco de estréia, em 2000 o segundo, e agora o terceiro, lançado com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura de Minas. Se o Brasil ainda não a conhece como deveria, seus discos, e principalmente este, se caracterizam pela ausência de fronteiras estaduais entre os compositores, sendo portanto brasileiríssimos. A voz macia de Selmma, valoriza muito as letras e o roteiro parece ter sido montado para que as faixas dialoguem, bem estruturadas pelos arranjos de Rogério Delayon ( também guitarra, violão, teclados)

A audição começa com Pra ser levada em conta, do mineiro Vander Lee, e termina com A Espera, do paulista Kléber Albuquerque. Tem Mesmo Sozinho, do paulista Nando Reis; Túnel do Tempo, da carioca Verônica Sabino; Balada para Giorgio Armani, do maranhense Zeca Baleiro; Sinal dos Tempos, do gaúcho Totonho Villeroy; Na estrada, das fluminenses kali C/ Suely Mesquita; Nesse lugar, do mineiro Tattá Spalla; Coisas de Você, de Vitor Ramil, também gaúcho; Polaróides, dos cariocas Celso Fonseca e Ronaldo Bastos, e o samba Imitação, do baiano Batatinha, único da lista que não faz parte da geração da cantora. Sem dúvida, Selmma Carvalho está na moda. Faz moda. (distribuidora Tratore)

Juarez Fonseca
Jornal Aldeia - 25/02/2007



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